O título do post define o que senti quando passei por dias turbulentos com meu filho doente, totalmente incapaz de ajudar ou fazer algo por ele, uma completa inútil! Me senti levando uma chinelada na cara, e quem segurava essa chinela era Deus. Mas olha, a chinelada não era um castigo ou punição, estava mais para um "acorda pra vida", sabe?!!
Foi então que a ficha caiu, e eu percebi que todo aquele "deserto" era só uma das misteriosas formas Dele agir, eram as linhas tortas, Deus estava me mostrando que preciso voltar para sua casa, fazer as pazes com a igreja, como boa filha, eu o obedeci! Para entenderem melhor o que está se passando na minha vida, vou contar do começo, como sempre, então senta que lá vem história:
Nasci numa família onde a matriarca é evangélica, minha vó, claro que nem todos seguem a matriarca, mas ela tem suas influencias. Minha mãe até tentou me lavar para igreja católica, fui batizada lá, mas toda minha educação religiosa foi dentro da igreja que minha vó frequentava, os costumes e as doutrinas, eu seguia tudo ao pé da letra. Logo eu, que hoje não uso saia, até os meus 14 anos, era quase a única parte de baixo do meu armário.
Um dia, sofri um preconceito enorme dentro da igreja, algumas pessoas me julgaram, me encurralaram, por eu morar numa casa, onde apenas EU era "crente", meu pai bebia, minha mãe não frequentava nenhuma igreja, aos fins de semanas tinha truco, cerveja e churrasco, eu vivia numa casa "mundana", esse foi o termo que usaram, eu era uma má influencia para as outras jovens daquela igreja.
Nem meia dúzia de pessoas, pessoas más, essas poucas pessoas, conseguiram me fazer tomar raiva de igreja, qualquer igreja, só ia em casamento ou algum evento mega importante pra alguém muito querido. Eu tinha 14 anos, quando decidi que não entraria mais na casa do Senhor, que não acreditaria mais em sua palavra, eu era uma criança revoltada! E cresci uma adulta revoltada!
Precisei de uma grande chinelada de Deus, para perceber que um bom filho, SEMPRE à casa torna! Precisei ver meu filho quase morrer, tomando milhões de remédios sem melhora, para finalmente aceitar que talvez, só talvez, apenas Deus pudesse dar a cura pra ele, apenas minha fé!
Fé, eu tinha muita fé aos 14 anos, nos dias de festa lá em casa, eu ia pro quarto, ler a bíblia, pedir perdão por meus pais, pedir que eles aceitassem Deus, mas depois da minha decisão de sair da igreja, decidi não ter mais fé, eu perdi minha fé em quase tudo, mas principalmente em Deus! Como eu iria entrar numa igreja com meu filho doente nos braços e pedir a Deus uma cura, se minha fé não era suficiente?
EU não sabia, mas mesmo assim entrei no carro e sai pela cidade, eram 19:30 horas, em ponto, pensei em ir numa igreja mais vazia, pra poder chorar num cantinho, foi nessa hora que Ele começou a agir, pois TODAS, até a mais pequena das igrejas estavam lotadas, menos uma, a maior igreja da cidade, eram 19:40 e na porta tinham meia dúzia de caros, parei na hora, era ali.
Entrei e realmente tinham poucas pessoas, sentei num canto, já comecei pedindo perdão, perdão por só voltar quando a dificuldade bateu na minha porta, perdão por meu egoísmo, mas sou mãe, sei que o Senhor entende e acolhe as mães em dificuldade. Fiquei de olhos fechados uns 5 minutos, e quando abri tinha uma colega de trabalho na fila do outro lado do corredor, acenei, ela veio até mim e me convidou pra sentar ao lado dela, fui relutante, a igreja já estava lotada, olhei pra traz e vi que as ruas ao redor estavam lotadas, descobri que era dia de Santa Ceia, que vergonha, senti vergonha por estar ali logo na Santa Ceia, onde geralmente TODOS os irmãos mais velhos vão, onde todos me conhecem, mas eu não estava ali por mim, era por ele, meu pequeno continuava imóvel no meu colo, acordado, mas sem forças.
Quando o culto começou, já senti uma presença estranha, um ar pesado, algo dentro de mim estava inquieto, chorei muito. Pedi com toda minha pouca fé, que Deus curasse meu filho! E quando o pastor mandou a gente se sentar ele começou a dar birra, queria ficar de pé. Tive que levantar e ir com ele pro fundo da igreja, pensei em ir embora, mas não tinha terminado de fazer o que fui fazer ali.
Foi aí que outra colega de trabalho passou e perguntou se ele havia melhorado, disse que não, e ela perguntou se eu gostaria de dar o nome dele para o pastor orar lá na frente, concordei na hora, é claro. Depois disso, tudo aconteceu muito rápido, só sei que de uma hora pra outra o pastor estava chamando meu nome pra ir com meu filho lá na frente, fiquei em choque, eu só queria discrição, porque tudo estava acontecendo daquela forma?
Por sorte uma das minhas melhores amigas tinha aparecido e estava ao meu lado, pedi socorro - você vai comigo? - ela me acompanhou até o altar, onde tinha uns sete pastores, no mínimo, e TODOS, todos os pastores, todos os irmãos, a igreja inteira começou a orar pelo meu filho, minha inquietação passou, fechei os olhos e pedi a Deus que se minha fé não fosse suficiente, que a fé daquela igreja inteira haveria de ser. Tive fé na fé dos outros!
Saí de lá chorando muito, mas de alma leve, sensação de dever cumprido! Cheguei em casa e o João quis descer do meu colo, coisa que ele não fazia a duas semanas, logo quis jantar, quis brincar, mas ainda estava fraco, logo dormiu. Foi uma semana longa, mas foi abençoada, meu filho não vomitou mais, voltou tudo ao normal. No domingo, pensei em ir na igreja agradecer, coloquei meu vestido novo, arrumei as crianças e fui. Se fui pedir, teria que ir agradecer, falei para uma amiga que o pastor poderia dizer lá na frente que a oração da semana passada tinha curado meu filho, a fé moveu montanhas SIM.
Foi um culto emocionante, fiquei no fundinho, meio escondida, o João dormiu o tempo todo no meu colo, até que do nada, como se uma força me puxasse, eu me vi num momento único de emoção, quando a pastora que ministrava o culto no dia chamou lá na frente todas as pessoas que gostariam de aceitar Deus em suas vidas a partir daquele momento, eu não sei nem como cheguei lá, mas fui a primeira, eu queria uma vida de milagres, uma vida de fé incondicional, eu "aceitei" Jesus.
O que sou agora?
Sou evangélica? Sou "crente"? Sou uma irmã em Cristo?
Ainda não sei! Só sei que quero mais de Deus na minha casa, quero uma educação religiosa para meus filhos, quero uma vida diferente, mais espiritual. Quero renovar minha fé na igreja e principalmente em Deus, quero a paz do senhor, quero fazer parte de uma comunidade de pessoas que desejam o bem, que fazem o bem.
E sabe qual é a melhor parte dessa história? Apesar de ter ficado com vergonha em alguns momentos, eu não estou ligando pra opinião de ninguém sobre isso, não ligo mesmo, essa decisão é só entre mim e Deus, o resto é só o resto!
Hoje vim contar uma história antiga, e através dela, espero que vocês possam entender porque eu tenho essa má postura nas fotos, e essa corcunda nas costas.
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Tudo começou quando eu tinha 9 anos, numa brincadeira inocente eu levei um soco no meu seio, que na época era só um mamilo sem volume algum, no outro dia ele amanheceu inchado e ficou assim por um tempo, depois disso o outro seio começou a crescer, e no fim do ano eu já tinha os dois seio do tamanho de um limão, tudo isso com 9 anos.
No ano seguinte comecei a fazer a 5ª série, eu já tinha 10 anos, por sorte o uniforme da escola tinha uma cor bem escura, mas minha mãe já havia comprado meu primeiro sutiã, no decorrer do ano meus seios cresceram mais ainda, e meus colegas começaram a perceber que tinha alguma coisa errada comigo, como eu poderia ter seios quando mais ninguém tinha?
Com 11 anos eu tive minha primeira menstruação, e depois dela a coisa saiu do controle, eu já usava sutiã de adulto. Um dia na feira, achei um topo de malha, bem reforçado, daqueles de usar em academia, pedi minha mãe e ela me deu, ele era bem pequeno e comprimia bastante meus seios, eu o usava todos os dias! Eu colocava o top, amassava o peito, colocava o uniforme da escola e arqueava os ombros pra frente, tudo pra esconder o seios que só eu, na escola inteira, só eu tinha!
Aos 12 eu usava sutiã tamanho 40, aos 14 o tamanho era 46, eu com 1,52 de altura, com 43 kg, magrinha, baixinha e com um peito tamanho 46! Vocês não imaginam os tipos de bullying que sofri! Eu tentei de todas as formas possíveis esconder meus seios e isso resultou numa coluna torta, totalmente “emborcada”.
Minha mãe até tentou me ajudar, me deu conselhos, me botou pra cima, comprou coletes corretores de coluna, mas nada tirava o complexo que eu sentia. O estrago já estava feito, tanto na minha mente, quanto no meu corpo!
Hoje, aos 27 anos, depois de dois filhos que foram amamentados por mais de um ano, uso um sutiã 42, tenho mais corpo e estou feliz com o tamanho do meu seio, mas minha coluna continua torta, minha postura continua tentando esconder alguma coisa, mesmo não precisando mais. Quando tento ficar reta sinto dor, me incomoda, depois de quase 20 anos com a postura errada a postura certa parece ser impossível pra mim.
É tão fácil falar pra uma pessoa não se sentir mal por um defeito que só ela tem, mas pra gente que é peituda, bunduda, pernuda e todos esses “udas” da vida, é complicado entender como alguém gostaria de ter partes do corpo tão exageradas como a gente tem.
Então a lição de hoje é: vamos julgar menos, tentar entender mais, porque por trás de uma simples pose com uma postura errada, tem um complexo enorme, tem um trauma, tem uma longa história de sofrimento. Por trás de um sorriso fechado, tem traumas, por trás de um cabelo cortado tem mais um milhão de traumas!
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Mais amor, por favor!
No começo desse blog, a intenção era contar pra vocês minhas memórias da infância, com o passar dos anos eu fugi do foco, mas hoje declaro reaberta a Tag Diário neste blog! E pra quem quiser ver os post do inicio é só ~clicar aqui!
Eu tinha 11 anos quando vi um homem pelado pela primeira vez, mas isso é história pra outro post, hoje vou contar uma que se passa alguns meses antes, quando eu nunca, nunquinha na vida, tinha visto um pênis ou qualquer outra coisa relacionada a sexo!
Mudei de escola na sétima série e fui estudar em outro bairro, erámos bem pobres então eu ia a pé pra escola, o legal era que no meio do caminho entre uma rua e outra, outras crianças iam se juntando ao grupo e a gente acabava fazendo amizades!
Foi assim que conheci a Juliana, ela era um pouco mais velha, tinha namorado e era bem saidinha com os meninos, ela foi uma péssima influência! Um dia no caminho da escola ela mostrou pra gente um folheto de disk sexo, e disse que ligava sempre pra ouvir as “bobagens” que os homens falavam.
Se eu fiquei curiosa?
Bom, pra quem não sabe, isso foi no ano de 1999, e naquela época a gente fazia coleção de cartão telefônico, que era nosso único meio de comunicação (Pobre! Lembra?) Então eu tinha uns 200 cartões telefônicos ~nãorepetidos~ e tinha uns truques pra fazer ele voltar a ter 1 unidade mesmo depois de zerado (envolvia um Bombril e ralar ele em uma calçada!). Fiz umas 3 unidades com meus precisos cartões e fui atrás do número, eu queria ouvir bobagens!
Quando disquei, caiu numa secretária eletrônica que pedia para apertar o 1 se eu fosse maior de 18 anos!
ok 1
Aperte 2 se quer falar com mulheres ou 3 para falar com homens!
ok 3!
Nessa hora eu não tinha falado com ninguém de verdade, mas já estava me sentindo a filha mais mal criada do mundo, Deus tava vendo! Eu ia queimar no inferno! Eu sabia! Mas ao invés de desligar o telefone, eu resolvi que acertaria essa conta pessoalmente com Deus quando eu morresse.
O cara que atendeu tinha uma voz super sexy, mas eu nem sabia que diabos era ser sexy, então achei muito engraçada aquela voz forçada, e ele perguntou meu nome e o que eu gostava de fazer na cama, inventei um nome e falei que gostava de coisas normais na cama (pensei em dormir de bruços na hora) e foi aí que ele falou que ia me mostrar como ele faz as coisas, e que ele vai muito além do normal!
Nesse momento ele começou a falar coisas que eu nem sabia o que significava, tipo “eu vou te chupar todinha”, “vou te pegar de quatro”, “vou te fazer gozar”, claro que eu não entendi nenhuma dessas expressões e fiquei meio perdida na conversa!
Não sei se o cara percebeu que não estava entendendo os termos usados, só sei que ele mudou a abordagem e começou a falar mais explicitamente, tipo, ele deu nome aos bois, ele falou de algumas partes íntimas minhas e dele, e do que ele pretendia fazer com elas.
Eu tinha onze anos,
onze
ONZEEE
Sei que hoje em dia as meninas de onze já são avôs, mas em 1999 a gente nem tinha beijado na boca ainda! Quando eu ouvi “Minha Rol* na sua boca” eu fiquei em pânico, eu tive um mini infarto, e claro, desliguei o telefone!
Fiquei uns dois dias traumatizada, com cenas bizarras passando na minha cabeça, nem dormi direito, também não consegui olhar nos olhos da minha mãe por uns dias, porque minha mãe sabe quando a gente mente e quando a gente comete um pecado desses, olhar no olho é confessar!
Disk Sexo, nunca mais! Prometo!
Depois vou postar as fotos, porque como foi surpresa, as fotos foram tiradas com a maquina da Ro, e eu nem sabia onde estava a minha. Ano passado eu ganhei um presente bem legal, a Luiza (que é leitora aqui do blog e esta comigo faz um tempão) me mandou um batom lindo eu fiz até uma postagem falando mostrando (veja Aqui), nem dá pra imaginar que já tem um ano que eu estava fazendo 22 anos e sonhando com os 23, agora vou ali sonhar com os 24.
Pessoas vivem indo e vindo, o tempo todo, a vida passa na nossa cara e a gente nem vê, hoje assisti um filme que foi feito em 2004.
Parece que foi ontem, era 2004 e eu fazia o 2º ano do ensino médio, estudava a tarde, era popular, meio roqueira, meio gótica e sem nenhuma responsabilidade.
A coisa mais difícil que eu tinha que fazer era estudar pra prova e decidir qual cara eu ia beijar no fim de semana.
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Vocês já sabem como é chato ser adulto, como é frustrante, como é complicado, a gente vive lutando uma guerra que na maioria das vezes não chega à lugar algum, não importa quantas batalhas eu ganhe, a guerra continua e eu tenho que continuar lutando, todo santo dia.
Vejo o tempo todo pessoas que nasceram e morreram nesta mesma cidade, o mais longe que foram foi até a capital do estado vizinho.
Não quero que minha vida passe assim, queria conhecer mais coisas, mais lugares, mais pessoas, queria ver o mar, mesmo morrendo de medo da água.
Pessoas que não saibam quem eu sou, qual o meu nome, se sou rica ou pobre, mas que me vejam como mais uma, só mais uma dentre milhões.
São coisas tão pequenas e tão simples que parecem tão distantes, sei que não sou a unica que pensa assim, mesmo que meus pensamentos pareçam estranhos e complicados.
Que viaje para o exterior pelo menos uma vez na vida, que eu consiga falar inglês fluente antes de estar catequética e me esquecer de como se fala até o português.
E o meu maior sonho é que minha filha não precise lamentar tanto, como eu, pra ver seu sonhos realizados.
Gente eu estou muito feliz, meu aniversário já passou, mas eu ainda estou recebendo presentes, e ontem chegou lá em casa uma caixinha, com o presente mais legal que eu ganhei, (lembram que eu fiz uma lista do que eu gostaria de ganhar, mas ninguém da minha família leu meu blog pra saber disso, então meus presentes foram bem diferentes do que eu imaginava!!),
Porém uma fiel e super especial leitora do Depois que você se foi, chamada Luiza (Oi Lu!!) me pediu meu endereço pra me mandar um cartão e eu fiquei super feliz pelo carinho dela querer me mandar um cartão, só que quando abria caixa me deparo com uma cartinha super fofa e um dos presentes da minha lista de presentes, quase tive um troço de felicidade, muito obrigada Lu, não tenho nem palavras da demonstrar o quanto fiquei feliz com seu gesto.
Recebi de presente o meu tão sonhado Batom O Boticário Intense nº 22, eu amei, mais uma vez muito Obrigada Luiza, e muito obrigada a todas as leitoras fieis do blog, que sempre são tão carinhosas comigo, quero que vocês saibam que eu as tenho como amigas e meu sonho é um dia poder conhecer pelo menos algumas de vocês.

Peguei a máquina do meu trabalho e comecei a tirar fotos, fui tirando e ajustando o tal do Macro, e no final achei que ficaram lindas minhas fotos, modéstia a parte, acho que eu levo o maior jeito pra coisa.
Chega de viver procurando um lugar seguro pra escrever, já que é pra desabafar que seja logo onde todo o mundo possa ver e ler e fazer o que quiser, pra que esconder se todo mundo sempre acha?
Pra que escrever em folhas de papel onde as gotas de água podem apagar, se posso escrever em um mundo que nunca se vai?
Sempre fiz tudo da forma mais difícil e agora só quero melhorar, talvez esse blog seja o menos visitado do universo e quem sabe eu enfim tenha encontrado o lugar mais seguro do mundo pra esconder meu pensamentos insanos.
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